Por: Marcelo Rigotti
Uma das doenças mais comuns em todo o mundo a depressão é capaz de causar a debilitação do organismo da pessoa e até levar a morte por suicídio ou até mesmo pela falta de vontade de viver. Os sintomas clássicos são tristeza profunda, sentimentos de desamparo e desesperança, falta de concentração, perturbação do sono, alteração nos hábitos alimentares e intestinais, e uma incapacidade de se sentir bem nas atividades normalmente prazerosas.
As causas são as mais diversas e podem estar relacionados ao modo de vida da pessoa, traumas, confusões mentais ou até mesmo a acontecimentos mais comuns no nosso dia-a-dia com a perda do emprego, dificuldades financeiras, morte de entes queridos, etc.
É tratada como doença por parte da medicina convencional, onde através de remédios controlados o paciente pode levar de alguns meses até anos para conseguir voltar a levar uma vida normal. A medicina Alternativa ou Holística trata o paciente, cuidando de seu estado emocional e buscando equilibrar seus pensamentos, que em casos de depressão geralmente são destrutivos. Aliados aos tratamentos como Fitoterapia, Florais, Aromaterapia e outros o paciente geralmente se recupera sem a necessidade de utilizar remédios farmacêuticos fortes e controlados.
Uma tristeza momentânea não é considerada depressão, esta pelo contrário acompanha a pessoa em sua vida diária e suas atitudes perante a vida. A Fitoterapia, através das plantas pode ajudar ou até mesmo acabar com a depressão, existe um grande numero de ervas que podem ser utilizadas:
Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra). Planta muito comum em farmácias, tem varias marcas de fitoterápicos sendo comercializada em todo mundo como um poderoso antidepressivo. Esta planta possui compostos chamados inibidores da monoamina oxidase (MAO), que possuem potente atividade antidepressiva. A forma de extrato é segura para uso normal em quantidades moderadas, até cerca de três xícaras de chá por dia, o uso a longo prazo ou a ingestão de grandes quantidades pode causar dor de cabeça, letargia, retenção de sódio e água, perda excessiva de potássio e pressão arterial elevada. As pessoas que utilizam regularmente inibidores da MAO, ou ervas que contêm inibidores da MAO, devem evitar certos alimentos e medicamentos, tais como bebidas alcoólicas, fumo ou alimentos que contenham conservantes. Outras ervas com a atividade inibidora de MAO são cominho, aipo, coentro, endro, erva-doce e noz-moscada.
Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum). Esta erva tem o seu nome comum semelhante a outra espécie no Brasil, a espécie Pyrostegia venusta, planta trepadeira que possui flores alaranjadas, entretanto com propriedades medicinas diferentes. O hipérico tem uma longa história de uso popular para o tratamento da ansiedade e depressão. Estudos clínicos mostram que o tratamento com apenas um dos compostos ativos nesta erva, a hipericina, resulta em melhora significativa na ansiedade, depressão e sentimentos de inutilidade. Alguns estudos mostram que é um antidepressivo mais poderoso do que alguns medicamentos, como a amitriptilina (Elavil) e imiprimine (Tofranil). Além do mais, tem menos efeitos colaterais. Estudos também mostram que ela melhora a qualidade do sono, muitas vezes um grande problema para as pessoas que estão seriamente deprimidas, diminui a tristeza, desamparo, desesperança, exaustão e dores de cabeça. A sua utilização pode ser na forma de infusão 1 a 2 colheres de chá de ervas secas em um copo de água. É mais eficaz se a pessoa ingerir uma a duas xícaras de chá por dia durante quatro a seis semanas. Como a grande maioria das ervas medicinais, não pode ser utilizada no estado de gravidez, e deve-se evitar exposição ao sol intensa ao usá-lo, uma vez que esta erva pode tornar a pele mais sensível ao sol.
Gengibre (Zingiber officinale). Raiz que pode ser encontrada em qualquer supermercado o gengibre tem um longo histórico de uso popular para tratar ansiedade e depressão, devido principalmente ao seu efeito tônico, melhorando as funções do organismo.
Beldroega (Portulaca oleracea). Outra planta considerada invasora e combatida como tal, ajuda a combater a depressão quando ingerida crua. É rica em minerais como o magnésio e potássio que têm efeitos antidepressivos; também possui grandes quantidades de outros componentes com a mesma função como o cálcio, folato (forma natural de ácido fólico) e lítio. Esta planta contém em media 16 por cento de seu peso seco em compostos antidepressivos. Embora no Brasil não se tenha cultivo comercial desta planta ela pode ser encontrada em qualquer lugar onde possa invadir. É uma planta que pode ser adicionada à salada na nossa alimentação diária, junto com outras plantas como a alface, caruru e agrião; além do tomilho que é muito rico no lítio mineral que é antidepressivo.
Alecrim (Rosmarinus officinalis). O óleo essencial do alecrim é um dos mais utilizados entre os aromaterapeutas para tratar a depressão. A massagem com algumas gotas de óleo de alecrim diluídos em óleo vegetal ou loção para massagem, ajuda no relaxamento. Contém o composto cineol, que tem a capacidade de estimular o sistema nervoso central. Além deste óleo outros também são indicados para tratar a depressão como bergamota, manjericão, camomila, sálvia, jasmim, lavanda, néroli, noz moscada e ylang-ylang.
Ginkgo (Ginkgo biloba). Estudos têm demonstrado que o ginkgo pode ajudar a aliviar a depressão, especialmente nas pessoas idosas que sofrem redução do fluxo sanguíneo para o cérebro. É utilizado para uma ampla variedade de condições associadas com o envelhecimento, como a perda de memória e a má circulação.
Alimentos ricos em vitaminas do complexo B. Os neurotransmissores são as substâncias químicas que permitem que as células nervosas se comuniquem e funcionem corretamente. Nutricionistas sugerem a ingestão de quantidade suficiente de determinadas vitaminas do complexo B - ácido fólico e vitaminas B6 e B12 - para manter os níveis do neurotransmissor altos. Algumas boas fontes de ácido fólico são o feijão, aspargo, espinafre, brócolis, quiabo e couve de bruxelas. A vitamina B6 é encontrada em níveis altos na couve-flor, agrião, espinafre, banana, quiabo, cebola, brócolis, abóbora, couve, repolho, couve de bruxelas, ervilhas, favas e rabanetes.
Aminoácido fenilalanina. Em um estudo, mais de 75 por cento das pessoas com depressão grave apresentaram rápida melhora ao tomar suplementos de fenilalanina e vitamina B6. As quatro fontes mais ricas neste fitonutriente são: sementes de girassol, feijão, agrião e soja.
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