quarta-feira, 11 de junho de 2014

Fitoterapia para tratar depressão

Por: Marcelo Rigotti



Uma das doenças mais comuns em todo o mundo a depressão é capaz de causar a debilitação do organismo da pessoa e até levar a morte por suicídio ou até mesmo pela falta de vontade de viver. Os sintomas clássicos são tristeza profunda, sentimentos de desamparo e desesperança, falta de concentração, perturbação do sono, alteração nos hábitos alimentares e intestinais, e uma incapacidade de se sentir bem nas atividades normalmente prazerosas.

As causas são as mais diversas e podem estar relacionados ao modo de vida da pessoa, traumas, confusões mentais ou até mesmo a acontecimentos mais comuns no nosso dia-a-dia com a perda do emprego, dificuldades financeiras, morte de entes queridos, etc.

É tratada como doença por parte da medicina convencional, onde através de remédios controlados o paciente pode levar de alguns meses até anos para conseguir voltar a levar uma vida normal. A medicina Alternativa ou Holística trata o paciente, cuidando de seu estado emocional e buscando equilibrar seus pensamentos, que em casos de depressão geralmente são destrutivos. Aliados aos tratamentos como Fitoterapia, Florais, Aromaterapia e outros o paciente geralmente se recupera sem a necessidade de utilizar remédios farmacêuticos fortes e controlados.

Uma tristeza momentânea não é considerada depressão, esta pelo contrário acompanha a pessoa em sua vida diária e suas atitudes perante a vida. A Fitoterapia, através das plantas pode ajudar ou até mesmo acabar com a depressão, existe um grande numero de ervas que podem ser utilizadas:

Alcaçuz (Glycyrrhiza glabra). Planta muito comum em farmácias, tem varias marcas de fitoterápicos sendo comercializada em todo mundo como um poderoso antidepressivo. Esta planta possui compostos chamados inibidores da monoamina oxidase (MAO), que possuem potente atividade antidepressiva. A forma de extrato é segura para uso normal em quantidades moderadas, até cerca de três xícaras de chá por dia, o uso a longo prazo ou a ingestão de grandes quantidades pode causar dor de cabeça, letargia, retenção de sódio e água, perda excessiva de potássio e pressão arterial elevada. As pessoas que utilizam regularmente inibidores da MAO, ou ervas que contêm inibidores da MAO, devem evitar certos alimentos e medicamentos, tais como bebidas alcoólicas, fumo ou alimentos que contenham conservantes. Outras ervas com a atividade inibidora de MAO são cominho, aipo, coentro, endro, erva-doce e noz-moscada.

Erva-de-são-joão (Hypericum perforatum). Esta erva tem o seu nome comum semelhante a outra espécie no Brasil, a espécie Pyrostegia venusta, planta trepadeira que possui flores alaranjadas, entretanto com propriedades medicinas diferentes. O hipérico tem uma longa história de uso popular para o tratamento da ansiedade e depressão. Estudos clínicos mostram que o tratamento com apenas um dos compostos ativos nesta erva, a hipericina, resulta em melhora significativa na ansiedade, depressão e sentimentos de inutilidade. Alguns estudos mostram que é um antidepressivo mais poderoso do que alguns medicamentos, como a amitriptilina (Elavil) e imiprimine (Tofranil). Além do mais, tem menos efeitos colaterais. Estudos também mostram que ela melhora a qualidade do sono, muitas vezes um grande problema para as pessoas que estão seriamente deprimidas, diminui a tristeza, desamparo, desesperança, exaustão e dores de cabeça. A sua utilização pode ser na forma de infusão 1 a 2 colheres de chá de ervas secas em um copo de água. É mais eficaz se a pessoa ingerir uma a duas xícaras de chá por dia durante quatro a seis semanas. Como a grande maioria das ervas medicinais, não pode ser utilizada no estado de gravidez, e deve-se evitar exposição ao sol intensa ao usá-lo, uma vez que esta erva pode tornar a pele mais sensível ao sol.

Gengibre (Zingiber officinale). Raiz que pode ser encontrada em qualquer supermercado o gengibre tem um longo histórico de uso popular para tratar ansiedade e depressão, devido principalmente ao seu efeito tônico, melhorando as funções do organismo.

Beldroega (Portulaca oleracea). Outra planta considerada invasora e combatida como tal, ajuda a combater a depressão quando ingerida crua. É rica em minerais como o magnésio e potássio que têm efeitos antidepressivos; também possui grandes quantidades de outros componentes com a mesma função como o cálcio, folato (forma natural de ácido fólico) e lítio. Esta planta contém em media 16 por cento de seu peso seco em compostos antidepressivos. Embora no Brasil não se tenha cultivo comercial desta planta ela pode ser encontrada em qualquer lugar onde possa invadir. É uma planta que pode ser adicionada à salada na nossa alimentação diária, junto com outras plantas como a alface, caruru e agrião; além do tomilho que é muito rico no lítio mineral que é antidepressivo.

Alecrim (Rosmarinus officinalis). O óleo essencial do alecrim é um dos mais utilizados entre os aromaterapeutas para tratar a depressão. A massagem com algumas gotas de óleo de alecrim diluídos em óleo vegetal ou loção para massagem, ajuda no relaxamento. Contém o composto cineol, que tem a capacidade de estimular o sistema nervoso central. Além deste óleo outros também são indicados para tratar a depressão como bergamota, manjericão, camomila, sálvia, jasmim, lavanda, néroli, noz moscada e ylang-ylang.

Ginkgo (Ginkgo biloba). Estudos têm demonstrado que o ginkgo pode ajudar a aliviar a depressão, especialmente nas pessoas idosas que sofrem redução do fluxo sanguíneo para o cérebro. É utilizado para uma ampla variedade de condições associadas com o envelhecimento, como a perda de memória e a má circulação.

Alimentos ricos em vitaminas do complexo B. Os neurotransmissores são as substâncias químicas que permitem que as células nervosas se comuniquem e funcionem corretamente. Nutricionistas sugerem a ingestão de quantidade suficiente de determinadas vitaminas do complexo B - ácido fólico e vitaminas B6 e B12 - para manter os níveis do neurotransmissor altos. Algumas boas fontes de ácido fólico são o feijão, aspargo, espinafre, brócolis, quiabo e couve de bruxelas. A vitamina B6 é encontrada em níveis altos na couve-flor, agrião, espinafre, banana, quiabo, cebola, brócolis, abóbora, couve, repolho, couve de bruxelas, ervilhas, favas e rabanetes.

Aminoácido fenilalanina. Em um estudo, mais de 75 por cento das pessoas com depressão grave apresentaram rápida melhora ao tomar suplementos de fenilalanina e vitamina B6. As quatro fontes mais ricas neste fitonutriente são: sementes de girassol, feijão, agrião e soja.

Fitoterapia para o acidente vascular cerebral (AVC)


Por: Marcelo Rigotti

O derrame como é mais conhecido pode deixar sequelas irreversíveis, é uma das principais causas de mortes em todo o mundo. O AVC é caracterizado por um coágulo que se aloja em uma artéria do cérebro, cortando o suprimento de oxigênio para parte desse órgão essencial. Sempre que ocorre o coágulo sanguíneo, a área em torno dele morre ou torna-se danificada, e as funções do corpo controladas por essa área tornam-se prejudicadas. Quando a acidente vascular cerebral não provoca a morte, pode deixar uma grave sequela, como a perda da capacidade de falar ou paralisia de parte do corpo.

O AVC isquêmico é geralmente precedido por vários ataques isquêmicos transitórios, podendo durar desde alguns segundos a várias horas e causar sintomas de derrame que, eventualmente, cessam por conta própria. Aqueles que sofrem esse tipo de AVC geralmente se recuperam total ou em parte, entretanto indica um risco real de acidente vascular cerebral que pode no futuro causar danos mais graves e muitas vezes um sinal para se iniciar o tratamento preventivo.

O outro tipo de acidente vascular cerebral é o hemorrágico onde o vaso sanguíneo cerebral se rompe e o resultado é o mesmo que no AVC isquêmico, comprometimento da parte do corpo que é controlada pela área danificada.

Para evitar o acidente vascular cerebral isquêmico mais comum, os médicos tentam prevenir coágulos sanguíneos arteriais, ao prescrever medicamentos anticoagulantes (para afinar o sangue). Mas quando isso é feito, o fator que aumenta o risco de sangramento no cérebro não vai parar, aumentando assim o risco de acidente vascular cerebral hemorrágico. Assim, a prevenção do AVC envolve ações de difícil controle.

A grande maioria dos acidentes vasculares cerebrais é isquêmica, a maioria das sugestões nesta matéria refere-se a impedir a coagulação do sangue cerebral. Mas reitero que acidentes vasculares cerebrais hemorrágicos é também uma possibilidade, especialmente para aqueles com histórico pessoal ou familiar de acidente vascular cerebral hemorrágico ou aneurisma (uma dilatação critica dos vasos sanguíneos).

Se você tem pressão alta, que é o principal fator de risco para acidente vascular cerebral, consulte um médico para o tratamento. Lembre-se: É importante seguir os conselhos da medicina preventiva que vem do seu médico, sempre informando o tipo de tratamento fitoterápico que esta sendo utilizado.

Aqui estão algumas ervas que podem ser utilizadas para prevenção e tratamento do AVC. Entretanto deve-se sempre ter em mente que os vegetais cultivados com agrotóxicos causam danos à saúde a curto e a longo prazo, deve-se dar preferência a vegetais cultivados sem agrotóxicos para que na intenção de se curar de um problema, não agravá-lo ou adquirir outro problema de saúde.

Alho (Allium sativum). Este tempero é encontrado em qualquer lugar do mundo, faz parte da culinária básica em qualquer receita e a facilidade da sua utilização é uma das principais razões para o seu emprego como nutriente e para a cura de doenças. O alho é a melhor erva para evitar a coagulação sanguínea, pois contêm mais compostos anticoagulantes que qualquer outra planta, nove, para ser exato. É uma erva importante para a prevenção de ataque cardíaco devido ao seu efeito de diluir o sangue e sua capacidade de ajudar a controlar a pressão arterial elevada. Estes mesmos efeitos também ajudam a prevenir acidente vascular cerebral isquêmico. O alho pode ser usado na culinária e também na forma de cápsulas de alho, que estão disponíveis em lojas de produtos naturais e farmácias. Outras plantas da família do alho como, cebola, cebolinha, alho-porró tem benefícios semelhantes. Entretanto, se a pessoa esta no grupo de risco de acidente vascular cerebral hemorrágico, não deve utilizar o alho e outras ervas anticoagulantes.

Ginkgo (Ginkgo biloba). É amplamente usada na Europa para tratar complicações de acidente vascular cerebral, incluindo a memória e problemas de equilíbrio. Muitos estudos mostram que esta planta aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro. Também ajuda a reduzir a fragilidade dos vasos capilares, os vasos sanguíneos minúsculos que se espalham por todo o corpo, e que pode ajudar a prevenir acidente vascular cerebral hemorrágico. Na Europa, muitos idosos tomar ginkgo regularmente. No Brasil, a utilização desta planta por idosos esta se tornando cada vez mais popular, os fitoterápicos a base desta planta podem ser encontrados em qualquer farmácia ou pode ser manipulado. Para aproveitar melhor os benefícios desta erva, deve-se adquirir o extrato padronizado, que esta largamente disponível em lojas de produtos naturais e farmácias. Pode ser ingerido entre 60 a 240 miligramas por dia, mas não se deve aumentar além desta dose. Em grandes quantidades, ginkgo pode causar irritabilidade, diarreia e inquietação.

Caruru (Amaranthus, várias espécies). É uma planta rica em cálcio, vários estudos mostraram que, pessoas que consumiram mais cálcio, tinham apenas um terço o risco de sofrer de ataque cardíaco. Estes resultados também se aplicam aos acidentes vasculares cerebrais isquêmicos, porque são biologicamente semelhantes a um ataque cardíaco. Esta planta pode ser encontrada em qualquer lugar, em terrenos baldios, próximos de plantações e até mesmo no quintal de sua casa. Existem dezenas de espécies conhecidas como caruru-roxo, caruru-espinhoso, caruru-rasteiro, caruru-hibrido, etc. O caruru, uma planta tão comum no Brasil que é combatida como invasora, é uma fonte excelente de cálcio, com 5,3 por cento em relação ao peso seco. Cerca de um terço de um grama de folhas frescas de caruru equivale a 500 miligramas de cálcio, sendo que o valor diário recomendado é de 1.000 miligramas. As folhas podem ser usadas em saladas ou cozidas no vapor, também pode ser utilizada em molhos no lugar do manjericão, por exemplo. No Brasil, nas regiões Norte e Sul o caruru é comumente consumido na salada. Outras plantas também são ricas em cálcio: falsa-serralha, urtiga, feijão fava, agrião, alcaçuz, manjerona, segurelha, brotos de trevo vermelho, repolho, tomilho, manjericão, semente de aipo, dente-de-leão e beldroega.

Salgueiro (Salix, várias espécies). O salgueiro branco é a fonte original da aspirina, no Brasil é mais conhecido o salgueiro-chorão, árvore cultivada como ornamental. A aspirina em doses baixas - metade de um comprimido por dia - tem sido eficiente para reduzir o risco de AVC isquêmico em cerca de 18 por cento. A dose baixa de aspirina também reduz o risco de ataque cardíaco em cerca de 40 por cento nos homens e 25 por cento em mulheres. Pode ser ingerido um comprimido de aspirina por dia ou pode ser utilizado as ervas na forma de chás, como da casca do salgueiro. Adicionar uma colher ou duas da casca seca, pode ser tomado quente ou gelado, na forma de garrafada e beber 2 a 3 copos por dia. A casca do salgueiro, assim como a aspirina deve ser usada apenas para prevenir e tratar AVC isquêmico. Eles são poderosos anticoagulantes e podem aumentar o risco de hemorragia, incluindo acidente vascular cerebral hemorrágico. Na verdade, alguns estudos científicos que mostraram a capacidade da aspirina em prevenir ataques cardíacos, apresentaram um ligeiro aumento no risco de AVC hemorrágico se for tomada a aspirina diariamente. O aumento foi pequeno e não significativo estatisticamente, mas se você está no grupo de risco para este tipo de problema, consulte o seu médico antes de tomar aspirina ou qualquer erva com o efeito da aspirina.

Cenoura (Daucus carota). Foi comprovado cientificamente que o consumo de cenouras (e em menor medida, espinafres) reduziu significativamente o risco de AVC em mulheres. Aquelas que consumiram cinco porções de cenouras por semana sofreram 68 por cento menos ataques do que aquelas que consumiram cenouras menos de duas vezes por mês. As cenouras são ricas em carotenoides, beta-caroteno e outros, e possuem todos os membros da família da vitamina A. Outros estudos mostrou que as pessoas podem reduzir o risco de derrame em até 54 por cento se consumirem muitas frutas e vegetais ricos em beta-caroteno e vitaminas C e E.

Ervilha (Pisum sativum). Quase todas as leguminosas contêm genisteína, que parece ser um nutriente preventivo do câncer. Os cientistas acreditam que uma dieta rica em genisteína, como o tofu, um produto a base de soja, é um dos motivos para as mulheres asiáticas ter uma taxa tão baixa de câncer de mama. Além de proteger contra o câncer, a genisteína também parece ter um significativo efeito anticoagulante, o que significa que também pode ajudar a prevenir acidente vascular cerebral e ataque cardíaco.

Abacaxi (Ananas comosus). O abacaxi é uma planta que fornece o seu fruto praticamente durante todo o ano, é muito utilizado em doces e como suco na forma de polpa. Abacaxi contém um composto conhecido como bromelina que tem a capacidade de quebrar as proteínas. É um ingrediente chave em amaciadores de carne. Mas a bromelina também possui ação anticoagulante que pode ajudar a prevenir acidente vascular cerebral e ataque cardíaco.

Amora (Morus alba). As amoras contêm compostos conhecidos como antocianidinas. Estudos mostraram que estes compostos ajudam a prevenir coágulos sanguíneos e também quebrar depósitos de placas de gordura das artérias. Além disso, algumas evidências sugerem que as amoras ajudam a manter limpos os vasos capilares. Por todas estas razões, este fruto pode ajudar a prevenir acidente vascular cerebral isquêmico, sem aumentar o risco de AVC hemorrágico. Um copo de suco de amoras tomadas duas vezes por semana pode ajudar a prevenir o AVC.

Gengibre (Zingiber officinale). Esta é outra planta com capacidade anticoagulante comprovada. Duas colheres de chá gengibre por dia, durante uma semana, neutralizaram o efeito de coagulação do sangue de 100 gramas de manteiga. A manteiga é muito rica em colesterol, que contribui para acidentes vasculares cerebrais. O chá de gengibre pode ser feito com 1 a 2 colheres de chá de raiz fresca ralada por xícara de água fervente.

Espinafre (Spinacia oleracea). É uma boa fonte de ácido fólico que pode ajudar a prevenir doenças cardíacas e derrame. Comparado com as pessoas que consumiram pouco ácido fólico, aqueles que ingeriram mais, tiveram apenas metade da chance de apresentar o estreitamento da artéria carótida. O folato não é abundante nas plantas, mas, espinafre, couve, chicória, aspargos, mamão, quiabo e caruru têm este nutriente são importantes para a prevenção.

Açafrão (Cucurma longa). Muitos estudos mostram que o composto curcumina, que é encontrada na raiz desta planta ajuda a prevenir a formação de coágulos sanguíneos. O açafrão é um tempero utilizado também como corante em alguns pratos da culinária.

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Cultive saúde em seu jardim

Por: Marcelo Rigotti

As ervas condimentares têm sido utilizadas desde o inicio dos tempos. Os chineses têm utilizado estas ervas aromáticas para tudo, desde tempero para aromatizar uma receita até como remédio para curar alergias. As ervas mais comuns são conhecidas por seu uso culinário e também pelas suas aplicações medicinais.

Os primeiros usos de ervas foram destinados, principalmente para a medicina. As pessoas descobriam seus efeitos, e o uso de certas plantas fez o corpo se sentir melhor, mais relaxado, ou menos doloroso. A camomila possui um efeito calmante, a maioria das hortelãs ajuda a resolver problemas de estômago. Durante muito tempo, as ervas foram os únicos medicamentos conhecidos. 

O cultivo caseiro de ervas é simples e barato e não requer técnicas ou tecnologia, a grande vantagem além da economia é a utilização de produto isento de agrotóxicos que contamina a maioria dos nossos vegetais adquiridos no comercio. As ervas podem ser cultivadas diretamente no jardim de sua casa, no quintal, em recipientes no apartamento, em garrafas PET em sistema hidropônico, etc.

A colheita também é simples e requer alguns conhecimentos para a preservação da planta cultivada e sua permanência por mais tempo no local. Para você conseguir que a parte colhida da planta mantenha o seu sabor ou aroma ou as suas propriedades medicinais e nutritivas é importante que você saiba beneficiar e armazenar corretamente. Desta forma as suas propriedades serão preservadas por mais tempo e você poderá utiliza-las por um longo período. A colheita deve ser sempre realizada no período da manhã, desta forma você conseguira um maior teor de óleos essenciais na planta antes que estes sejam evaporados pelo calor do sol ou pelo vento. Não se deve colher as ervas em períodos chuvosos, pois os óleos essenciais estão sendo diluídos pela agua. A fase de florescimento também afeta a produção de aroma pelas ervas, então realize a colheita antes das plantas iniciarem a produção dos botões florais. 

É importante também que se saiba como colher as partes das plantas. Colher grande parte das folhas ao mesmo tempo pode causar danos à planta, é interessante que a colheita nunca ultrapasse dois terços do total das folhas e que as brotações não sejam retiradas. Outra dica importante é que as folhas não devem ser arrancadas com a mão, mas cortadas com tesoura ou faca. As folhas mais velhas ou na parte exterior da planta devem ser tiradas primeiro.

Existe uma variedade de sabores e usos das ervas recomendadas para iniciar um jardim: as aromáticas como segurelha, sálvia, alecrim, manjericão, endro, hortelã, manjerona, estragão, tomilho, orégano; os temperos como cebolinha, salsa, coentro, cominho pimenta.

Não é necessário utilizar fertilizantes para as plantas jovens. Quando as plantas ficarem mais fortes e um pouco maior, poderá ser aplicada a primeira fertilização. Quando as primeiras folhas verdadeiras começarem a ser formadas, poderá iniciar a eliminação (ou transplantio) das plantas em excesso, sempre deixando as plantas maiores e retirando as mais fracas.

Depois de aproximadamente uma semana, o transplantio para o local definitivo poderá ser feito. Selecione o local onde as ervas vão ser plantadas, abra as covas ou sulcos para o plantio e cubra as raízes em seguida.

As sementes poderão ser adquiridas em supermercados, geralmente em saquinhos, basta seguir as recomendações do fabricante que estão impressas na embalagem e não se esqueça de observar a data de validade, uma dica importante é observar a data de analise da semente, que não deve ser superior a um ano.

O cultivo caseiro de ervas pode ser uma fonte de prazer e também até ser utilizada com terapia, ver Horticultura Terapia, aproveite esse momento para relaxar e aproveitar este momento com as suas plantinhas. Se você cultivar um pouco a cada dia, em pouco tempo terá um grande jardim de ervas que poderão ser distribuídas aos seus amigos e até servir de incentivo para que eles façam também seu jardim de ervas.

quarta-feira, 4 de junho de 2014

Frutos e Legumes que ajudam a baixar a pressão arterial


Por: Marcelo Rigotti

Uma dieta rica em frutas e vegetais tem muitos benefícios á saúde. Quando são incorporados em nossa dieta diária, podem ajudar a reduzir o risco de problemas associados a pressão arterial elevada.

Pressão arterial elevada é uma causa de preocupação, pois pode levar a doenças cardíacas, acidentes vasculares cerebrais, insuficiência renal e declínio cognitivo. No Brasil, as doenças cardiovasculares são responsáveis por 33% dos óbitos com causas conhecidas. Além disso, essas doenças foram a primeira causa de hospitalização no setor público, entre 1996 e 1999, e responderam por 17% das internações de pessoas com idade entre 40 e 59 anos  e 29% daquelas com 60 ou mais anos (PASSOS et al.; 2006).

A pressão arterial de 120/80 mmHg, ou 12 por 8, é considerado como normal, qualquer valor acima ou abaixo, não é saudável para o corpo humano. A maioria dos médicos, aconselham aos seus pacientes uma combinação de medicamentos e mudanças de estilo de vida para combater a pressão alta. Mudanças de estilo de vida incluem a modificação na dieta e um regime de exercícios adequado. A dieta rica em frutas e vegetais pode ajudar na redução da pressão arterial naturalmente.

Os frutos que ajudam a diminuir a pressão possuem muitos nutrientes essenciais, como vitaminas, minerais e antioxidantes. O ideal para manter uma dieta saudável é consumir diariamente de quatro a cinco frutos diferentes.

Ameixa: um copo de ameixas secas contém 316,6 mg de potássio e apenas 1,7 mg de sódio. O potássio é essencial para manter a pressão arterial e a função cardíaca, bem como prevenir a aterosclerose (formação de coágulos de sangue nos vasos sanguíneos), enquanto que um baixo nível de sódio pode ajudar a diminuir a pressão arterial elevada.

Melão: é uma rica fonte de potássio e magnésio, que ajuda na redução da pressão arterial. Os carotenóides presentes no melão, previnem o endurecimento e estreitamento das paredes das artérias e veias, reduzindo assim as chances do fluxo apertado de sangue através deles. A melancia também ajuda a baixar a pressão arterial.

Abacate: é rico em potássio, que ajuda a manter o equilíbrio de potássio de sódio no organismo. A nossa alimentação é normalmente rica em sódio, por isso, é importante aumentar o consumo de potássio. Ele é rico em gorduras monoinsaturadas, que ajuda a diminuir o colesterol LDL e aumenta o nível de colesterol HDL. Também contêm o álcool graxo conhecido como avocadeno que é útil na redução da pressão arterial elevada. No entanto, os abacates são altamente calóricos e alimentos ricos em gordura, então eles devem ser consumidos com moderação.

Banana: é rica em potássio e pobre em sódio, podem desempenhar um papel no controle da pressão arterial. Duas bananas por dia pode ajudar a controlar a pressão arterial elevada. Uma banana média tem geralmente 1 mg de sódio e 422 mg de potássio, tornando-o um dos frutos mais potente contra a pressão alta.

Laranja, limão etc.: As frutas cítricas contem vitamina C, fitonutrientes e bioflavonóides. Os fitonutrientes e bioflavonóides são anti-inflamatórios naturais e evitam coágulos sanguíneos. Os bioflavonóides, encontrados no miolo destes frutos, não só ajudam na redução da pressão arterial elevada, mas também ajudam a controlar o colesterol. Toranja, lima, limão, tangerina e laranja todos pertencem à família dos citros.

Melão-de-são-caetano: este furto amargo esta disseminado por todo o mundo, no Brasil ele é encontrado em qualquer lugar como planta invasora. É uma boa fonte de um aminoácido chamado citrulina, é essencial para aumentar a quantidade de monóxido nítrico e vitamina C, que ajuda a eliminar oxigênio ativo para manter o monóxido nítrico por mais tempo nos vasos sanguíneos. Este, por sua vez ajuda a baixar a pressão arterial.

Aipo: contém ftalideos, um fitoquímico que relaxa o tecido muscular nas paredes arteriais, este, por sua vez aumenta o fluxo sanguíneo o que ajuda na redução da pressão arterial.

Cenouras:  são ricas em beta-caroteno e potássio, e ajudam a manter e regular a pressão arterial normal e reduzir o risco de doenças cardíacas. As cenouras são melhor aproveitadas se consumidas cruas ou até mesmo na forma de suco com algumas ervas, como hortelã ou salsa, para maximizar os seus benefícios.

Tomates: são uma boa fonte de potássio, cálcio, ácido fólico e beta-caroteno, e contêm muitas vitaminas vitais, como A, C e E. Elas contêm licopeno, um antioxidante, que é conhecido por ajudar a baixar a pressão arterial elevada. Licopeno impede colesterol (lipoproteína de baixa densidade) LDL grude nas paredes dos vasos sanguíneos, que por sua vez impede o coração de elevar a pressão arterial.  Em um estudo com 31 pessoas com hipertensão que não necessitam de medicação, os pesquisadores deram a eles um placebo de tomate durante 4 semanas, seguido por 8 semanas de um extrato de tomate e depois mais 4 semanas do placebo. Durante o período de extrato de tomate, leituras de sistólicas diminuiram 10 mmHg e leituras diastólicas por 4 mmHg, nenhuma alteração foi observada durante as fases de placebo.

Vegetais crucíferos: brócolis, couve-flor, repolho e couve de Bruxelas são ricos em ácido glutâmico, que é o aminoácido mais comum encontrado em proteínas vegetais. Este ácido ajuda a reduzir a pressão arterial e diminuir as chances de acidente vascular cerebral. A couve é uma boa fonte de potássio e de magnésio, dois minerais que ajudam a reduzir a pressão arterial elevada.

Folhas verdes: espinafre, couve, alface, mostarda, acelga, couve chinesa, etc, são ricos em minerais, vitaminas e fibras e pobre em calorias. Também contêm uma variedade de fitoquímicos e antioxidantes como beta-caroteno e luteína, que ajudam a combater as placas de gordura nos vasos sanguíneos, e ajuda a baixar a pressão arterial.

Espinafre e verduras amargas (beterraba, chicória,  escarola, rábano, alface e urtiga ) ajudam a baixar a pressão arterial não apenas porque são ricas em vitamina C ou de potássio. Uma das razões destas folhas baixar a pressão arterial é porque elas estimulam a produção de óxido nítrico, uma molécula que ajuda os vasos sanguíneos a relaxar, ficar lisa, regulando o fluxo de sangue, inflamação e pressão arterial.

Feijão branco: também conhecido como fava, estão entre as mais ricas fontes naturais de L-dopa, um precursor da dopamina, que, entre outras coisas, atuam como um diurético.
Em um estudo, a ingestão de 40 gramas de feijão branco fresco picado aumentou significativamente a quantidade de sódio e dopamina na urina - uma coisa boa quando se trata de reduzir a pressão arterial.

Frutas e vegetais frescos que baixam a pressão arterial naturalmente devem ser incorporados na dieta, não só para aqueles que sofrem de pressão alta, mas para todos aqueles que buscam uma vida feliz e saudável. Muitos desses vegetais já fazem parte de nossa dieta diária, mas muitas pessoas ainda não tem este habito saudável de prevenir doenças.

Fazer alterações em seu estilo de vida e manter uma dieta saudável pode ajudar a manter a pressão arterial sob controle. É importante evitar comer demais, do tipo errado de alimentos, pois isto pode danificar a sua saúde cardiovascular, especialmente se você estiver geneticamente pré-disposto a pressão arterial elevada. Deve-se dar ênfase em frutas, legumes, cereais integrais, aves, peixes e produtos de baixo teor de gordura. Limitando sal e sódio, juntamente com a alteração da ingestão de cálcio, magnésio, potássio e minerais. Procure ingerir os vegetais legumes, saladas , nozes e sementes, na forma crua, pode comer vegetais cozidos e não processados. Comer amêndoas, castanha do Brasil, sementes de abóbora e nozes. Que são alimentos ricos em omega-3 e uma porção por dia pode lhe fornecer o suficiente de magnésio para reduzir o risco de um ataque cardíaco ou derrame. Alimentos de baixo índice glicêmico provoca um aumento lento e constante em seus níveis de glicose no sangue que é bom para você. Estes incluem arroz integral, legumes e grãos integrais. Como parte de sua dieta procure comer alimentos orgânicos sempre que puder. Eles oferecem mais nutrientes porque são cultivadas em solos adubados com material natural rico em oligoelementos.

Referência

PASSOS, Valéria Maria de Azeredo; ASSIS, Tiago Duarte e BARRETO, Sandhi Maria. Hipertensão arterial no Brasil: estimativa de prevalência a partir de estudos de base populacional. Hypertension in Brazil: estimates from population-based prevalence studies. Epidemiol. Serv. Saúde [online]. 2006, vol.15, n.1 [citado 2012-01-11], pp. 35-45 . Disponível em: <http://scielo.iec.pa.gov.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-49742006000100003&lng=pt&nrm=iso>. ISSN 1679-4974. http://dx.doi.org/10.5123/S1679-49742006000100003.